de Simon Stephens tradução Jorge Palinhos encenação Nuno M Cardoso assistência de encenação Mafalda Lencastre cenografia Pedro Tudela (Águas Profundas) Catarina Braga Araújo (Terminal de Aeroporto) figurinos Helena Guerreiro (Águas Profundas) Nuno Baltazar (Terminal de Aeroporto) desenho de luz Rui Monteiro desenho de som/música Marco Pereira, Miguel Pereira (Águas Profundas) David Santos/Noiserv (Terminal de Aeroporto) produção executiva Maria Manuel/Stage One interpretação Águas Profundas Albano Jerónimo, António Durães, Íris Cayatte, Maria João Luís, Olinda Favas, Pedro Almendra interpretação Terminal de Aeroporto Rita Brütt coprodução Cão Danado, A Oficina/Centro Cultural Vila Flor, TNSJ dur. aprox. 1:30 + 30’ com intervalo M/12 anos Depois de R.W. Fassbinder (Fassbinder-Café, 2008) ou de Mickaël de Oliveira (Boris Yeltsin, 2013), o encenador Nuno M Cardoso volta a acrescentar um novo autor ao património dramatúrgico contemporâneo do TNSJ. Agora, com Águas Profundas + Terminal de Aeroporto, confronta-nos com a linguagem precisa, dura e amarga do dramaturgo britânico Simon Stephens. Situadas nas imediações de um aeroporto, as duas peças tratam de formas diferentes de amor e perda, devolvendo-nos experiências de vida numa cidade onde se chega, se espera ou se parte. Wastwater, título original de Águas Profundas (2011), é o nome de um lago profundo e sombrio situado a poucos quilómetros de Heathrow, metáfora da escuridão e convulsão de um mundo só na aparência calmo, habitado por seis personagens apanhadas num momento crítico. Em Terminal de Aeroporto (2010), uma mulher assiste impotente ao esfaqueamento de um adolescente; numa viagem de Metro a caminho do aeroporto, lida com as consequências dessa culpa. Pessoas e quotidianos banais transtornados por situações-limite. Um díptico sobre relações e decisões, a desolação sem a esperança e a fuga.