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Diga33 — Poesia no Teatro | Carlos Oliveira por Fernando Cabral Martins

Diga33 — Poesia no Teatro | Carlos Oliveira por Fernando Cabral Martins

Publicado em 1953, adaptado por Fernando Lopes ao cinema, em 1972, o romance “Uma Abelha na Chuva”, um dos mais importantes de toda a literatura portuguesa, começa precisamente assim: «Pelas cinco horas duma tarde invernosa de Outubro…». Cá estamos, setenta anos depois, empenhados em manter viva a obra de Carlos de Oliveira (1921-1981), autor cujo centenário não foi objecto de atenções como é comum vermos por aí. No entanto, estamos a falar daquele que é, talvez, o mais meticuloso e rigoroso escritor português do século XX. Não foi por acaso que escolhemos o mês de Outubro para o lembrar, como se vê, nem é por acaso que o professor Fernando Cabral Martins nos vai guiar nesta digressão pela obra do autor de “Finisterra” (1978). Dia 17 de Outubro, às 21h30, numa das salas multiusos do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, lá estaremos em mais um encontro de Diga 33 – Poesia no Teatro, programa elaborado por Henrique Manuel Bento Fialho, desde 2018, para o Teatro da Rainha. Carlos de Oliveira nasceu a 10 de Agosto de 1921 em Belém do Pará, Brasil, filho de portugueses emigrados. Dois anos depois, veio para Portugal com a família. Instalaram-se na Gândara, concelho de Cantanhede, paisagem que encontraremos mais tarde em muita da poesia e ficção do autor. Mudado para Coimbra, onde se formou em Ciências Histórico-Filosóficas com a tese “Contribuição para uma estética neo-realista”, aí se estreou em livro com o poemário “Turismo” (1942), integrado na colecção Novo Cancioneiro. Poeta, cronista, crítico, tradutor, ficcionista, publicou o romance “Casa na Duna” em 1943. Trabalhou directamente com Fernando Namora e Fernando Lopes Graça, mudando-se definitivamente para Lisboa em 1948. Antes de se dedicar exclusivamente à literatura foi ainda professor, arquivista num jornal e director da revista Vértice. Com José Gomes Ferreira organizou os “Contos Tradicionais Portugueses”, posteriormente adaptados ao cinema por João César Monteiro. Faleceu a 1 de Julho de 1981, tendo sido agraciado a título póstumo com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Fernando Cabral Martins (1950) foi Professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, onde ensinou Literatura e Cultura Portuguesa. Preparou diversas edições anotadas e comentadas de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Alexandre O’Neill e Luiza Neto Jorge. Coordenou um Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, em 2008. Publicou em 1990 uma antologia dos poetas simbolistas, e livros ensaísticos sobre Cesário Verde, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa e Mário Cesariny, para além de “O Trabalho das Imagens” (2000). Co-traduziu a poesia de Boris Vian (1997) e uma antologia dos trovadores provençais (2014). Além de ensaísta, é também autor de livros de ficção. Destaca-se, neste domínio, “A Flor Fatal” (Assírio & Alvim, 2009). Em 2021, publicou na editora Barco Bêbado, com desenhos de Carlos Guerreiro, o ensaio “Cinzareia”, dado à estampa por ocasião do centenário do nascimento de Carlos de Oliveira (1921-1981). Estão reunidas as condições para mais uma grande noite de conversa em torno de temas literários, mas não só, aberta ao público e acompanhada de leituras várias. Dia 17, às 21h30, no CCC. Uma produção do Teatro da Rainha.

Para mais informações: https://teatrodarainha.pt/eventos/diga-33-carlos-oliveira-por-fernando-cabral-martins/ 262 823 302|966 186 871 De segunda a sexta, das 9h às 18h, e dias de espectáculo até às 20h.

Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
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