20:00 até às 22:00
Algumas Violências | curadoria de Marta Mestre / Centro Internacional das Artes José de Guimarães

Algumas Violências | curadoria de Marta Mestre / Centro Internacional das Artes José de Guimarães

Algumas Violências Curadoria: Marta Mestre / Centro Internacional das Artes José de Guimarães artista: Sara Ramo Abertura: 29.09 (QUI), a partir das 20h Patente até: 12.11 (SÁB)

Programa Paralelo: 2 de novembro, 21h00 | Sala de espetáculos, Porto A Menos de 50km de Casa. Um filme-instalação de Pedro Bastos (projeção do negativo original de 35mm). Musicado ao vivo por Rui Souza.

12 de novembro, 16h - Conversa com Marta Mestre e João Terras (CIAJG) | Sala de exposições

[Entrada Livre]

Sinopse: SARA RAMO | ALGUMAS VIOLÊNCIAS ​​«Y todo cabe. No es necesaria la exclusión de las basuras generadas. Es cuestión vital hacerlas nuestras. Mías y tuyas: generadoras resistentes. La metamorfosis estará avalada por la tensión entre lo que vive y muere, todo incluido, también lo que sufre y hace sufrir. Lo inventado, las mitologías secretas de los mundos por abrir serán en círculo cada vez un inicio. Por tanto; no hay conclusión. Hay piedras falsas, zapatillas, cacas secas, cortinas en las ventanas, un guante, papel de caramelo, cartón. No importa, todo es material y está vivo». (Sara Ramo) A exposição “Outras Violências”, da artista hispano-brasileira Sara Ramo (Madrid, 1975) é parte de uma programação conjunta entre a Saco Azul Associação Cultural/Maus Hábitos e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, e tem a curadoria de Marta Mestre (diretora artística do CIAJG). “Doloridas”, segundo as palavras da artista, as esculturas que compõem a instalação da artista aludem ao que fere e que é incerto, ao que cai e ao que torce a linguagem, procurando tocar o intervalo promissor entre a potência e a melancolia. Tiram partido de uma composição muito singular de vários materiais e restos, fazendo desse “heteróclito” de matérias a sua força poética, o que tensiona a ideia de uma arte política.

“Algumas Violências” faz parte de uma programação “a dois tempos” entre os Saco Azul Associação Cultural / Maus Hábitos e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, onde fica patente a exposição “Atirando Pedras” (9 de outubro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023).

Bios:

Artista Articulada em diferentes formatos —principalmente instalação, vídeo, escultura e colagem— com os quais convida o espectador a questionar valores previamente adquiridos, Sara Ramo trabalha diretamente com os elementos que definem o cotidiano imediato para reconfigurá-los em estranhas presenças. A alteração da ordem natural das coisas não é um simples exercício formal, pois representa, para a artista, a possibilidade de criar novas estruturas de sensibilidade. Ramo participa de um vasto patrimônio de tradição cultural que tem confrontado a perspectiva utilitária e científica do mundo contemporâneo; incorporando noções de misticismo, mitologia e magia, a artista questiona a relação entre o ser humano e os objetos que se determinam apenas pela sua utilidade. Fraturando esse paradigma, novas possibilidades narrativas emergem, envolvendo consequências espaciais e temporais.

Sara Ramo (de origem hispano-brasileira) nasceu em Madrid, 1975, e atualmente mora em São Paulo.

Das suas exposições recentes destacam: Cartas sobre la mesa, MAZ - Museo de Arte de Zapopan, Guadalajara, México, 2020; lindalocaviejabruja, Programa Fisuras, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha, 2019; La Caída y otras formas de vida, Sala Alcalá 31, Madrid, Espanha, 2019; Cartas na Mesa, Galpão – Fortes d’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil, 2018; Para Marcela e as outras, Capela do Morumbi, São Paulo, Brazil, 2017; Los Ayudantes / Os Ajudantes, Travesía Cuatro, Madrid, Espanha, 2016, e Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil, 2015; A mão negativa, Parque Lage, Rio de Janeiro, Brazil, 2015; Project 35 (+). The Last Act, Garage Museum of Contemporary Art, Moscow, Russia; Desvelo y traza, Matadero, Madrid, Centre d’lArt la Panera, Lérida, Espanha, both in 2014; Punto Ciego, EAC – Espacio de Arte Contemporáneo, Montevideo, Uruguai, 2014; Se o tempo estiver favorável, 9ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil, 2013; Imagine Brazil, Astrup Fearnley Museet, Oslo, Noruega, Mac Lyon - Musée d'Art Contemporain, Lyon, France, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, todas em 2013; Planos de Fuga, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brazil; Sin Heroismos, por favor, CA2M (Centro Dos de Mayo), Madrid, Espanha; Penumbra, Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, Brasil, 2012.

Já participou em exposições internacionais como a XIII Bienal de La Habana em 2019; 33rd Bienal de São Paulo em 2018; Panorama da Arte Brasileira do MAM-São Paulo em 2011 e em 2005; Bienal de Sharjah 11, Sharjah, Emiratos Árabes Unidos em 2013; Bienal de São Paulo em 2018 e 2010; Bienal do Mercosul 9, Porto Alegre, Brasil em 2013 e 2007; Bienal de Veneza em 2009; e do 10 Aniversario de Inhotim, Belo Horizonte, Brasil em 2016.

Seu trabalho faz parte de coleções internacionais, tais como: Museo Nacional Reina Sofia, Madrid, Espanha; Centro Botín, Santander, Espanha; Banco de España, Madrid, Espanha; Pérez Art Museum de Miami, Estados Unidos; Casa di Risparmio di Modena, Modena, Itália; Coleção Patrícia Phelps de Cisneros, Miami, Estados Unidos; Coleção Gilberto Chateaubriant - MAM - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil; Coleção Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; FRAC, Paris, França; Inhotim, Brumadinho, Brasil; Coleção Margulies, Miami, Estados Unidos; Coleção Carlos Mariano, Lima, Peru; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Curadoria

Marta Mestre é diretora artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), Portugal. Foi curadora no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, curadora-assistente no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, curadora-convidada e docente na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. É formada em História da Arte e em Cultura e Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa e pela Université d ́Avignon. É membro da equipa editorial da Ymago (Portugal). Além dos projetos e exposições que organiza de forma independente, escreve regularmente ensaios e textos sobre arte contemporânea, para instituições, revistas e projetos tais como o Museu de Arte de São Paulo, SESC-São Paulo, Fundação de Serralves, Museu Berardo, Buala, entre outros. É membro do conselho geral da Universidade do Minho.

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